sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sol de meio dia

Sol de meio dia

da praia, vejo um barco

não um barco qualquer, é um cargueiro

trazendo contêineres do mundo lá fora

mas o agrado é passageiro

Da praia, vejo uma ilha.

não uma ilha qualquer, nela vejo um farol

orientando cargueiros que se perdem a noite

impedindo assim um desastre maior

Da praia, vejo a água

não uma poça qualquer, é o mar

sem o mar, as ilhas seriam montanhas

e pra quem iriam, meras montanhas, um farol iluminar?

da praia, vejo a areia

não uma sujeira qualquer, é a areia onde me encontro

fora dela, as pessoas nem pensam

dentro dela, as pessoas se espantam

Da praia, vejo a verdade

navios cargueiros são apenas disfarce

fazendo entregas pra população

espalham o vírus da globalização

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