quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Janela Aberta

Pra quem teima em dizer que nada é por acaso
Pra quem supera toda a dor sem nem demonstrar cansaço
Pra quem acredita cegamente que está sempre por cima
Peço humildemente um pouco desta auto-estima
Vejo a brasa do cigarro tão linda queimando lentamente
Mas embora tão bonita, ela só sabe queimar
E vejo a cinza do cigarro tão feia a minha frente
Mas com a ajuda do vento, esta é capaz de voar
Queria ser como ela, se elevando mais e mais
Deixando apenas o calor do fogo para traz
Sem fazer cerimonia, eu te conto o que pretendo
Me liberte deste fogo, mas deixa soprar o vento

O andarilho sem rumo

Sentado à janela vejo tudo passar,
A mente entorpecida de tanto usar,
Elevo o pensamento para outro lugar,
Onde tudo que eu prezo pode-se encontrar

Mas o destino não importa se desconheces o caminho
Sem um guia a te guiar, ao se encontrar sozinho
Mas se a sorte está lançada, o meu mapa é o destino
Vou percorrer teus sonhos com um ar de Andarilho

E sigo solitário pelas ruas vagando
Deixando minha mente fluir divagando
E solto um suspiro angustiado no ar
Enquanto permito o vento me levar

Não alcanço vôo, mas encosto nas nuvens
E avisto do alto os meus pertences inuteis
Sempre cobiçados por mentes futeis
Que me fecham a porta e acreditam que me iludem

(Autoria de dois Migueis)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ponto fraco

Me vejo sem roteiro e sem capacidade de improviso
E mesmo fora de cena, de você tiro um sorriso
Sendo com paixão ou por pura sedução
Faço o que eu posso pra chamar sua atenção
Sem medo de me iludir, sem coragem de te conquistar
Equilibrando meu desejo ao seu modo de provocar
Talvez eu devese forçar a barra até me sentir a vontade
Para quem sabe então, mostrar meu 'Eu' de verdade

Trampolim

Já não aguento mais olhar pros lados
Quero olhar pra frente, quero voar mais alto
Deixar pra tras as dores desta vida
Celebrar minhas magoas em cigarros e bebidas
Não é como se fugisse da realidade
Mesmo que pareça, está não é a verdade
Vôo mais alto para mergulhar mais fundo
Já que onde me vejo, so vejo o escuro
Será que vale a pena? Será que estou errado?
Talvez seja um equivoco planejar este salto
Se a vista é mais bela vista daqui de cima
Por que voltar pra baixo, pros perigos nas esquinas?
No final das contas, só me resta uma duvida cruel
Devo me lançar de cabeça, ou me isolar aqui no céu?

sábado, 6 de setembro de 2008

Poça d'agua

Tua dor me traz um ponto, uma meta a chegar
Mesmo sendo assim tão tolo eu insisto em te ajudar
Sem saber o que fazer, sem saber por que te amar

Tua voz me traz alivio, um ombro pra descansar
Mesmo quando gritas, eu paro para apreciar
Sem saber o que dizer, sem saber por que sonhar

Tua presença me faz unico, um alguem especial
Mas mesmo sendo assim tão bom, ainda te posso fazer mal
Sem saber o que o certo, eu diria, até o final

Tua expressão me deixa incerto, de uma forma surreal
Mas mesmo tão discreta, tua vida é um carnaval
Sem saber quem vale a pena, sem dizer quem é normal

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fernanda

Já sei que tudo que eu tenho nada me vale sem você
Pois a vida é curta, sem metas e sem caminhos
Já sinto a diferença quando penso em me perder
Pois mesmo sozinho, estou confortavel nos seus carinhos

O mundo la fora não me preocupa mais, seja ele meu aliado ou rival
Já que tudo o que ele me oferece não me iludi mais
Sou livre para navegar, sem temer o que faz mal
Não tenho um objetivo, mas quando tiver serei capaz

É tua voz que me consola sempre querendo me ajudar
Sem pedir nada em troca, sem se preocupar em errar
Embora eu acredite no que é certo, a certeza só me retarda
Quero você aqui comigo, seja num bar ou na minha casa

Mas se o melhor da festa é esperar por ela, talvez eu deva apenas sonhar
Criar uma vida para nos dois em minha mente, longe desses loucos
E se algum obstaculo aparecer sem aviso, não tem problema, eu sei improvisar
Afinal de contas, eu já aprendi a lidar com o novo