sábado, 27 de março de 2010

O verdadeiro disperdicio

Sinto me vulnerável, um corte exposto
Não acho que eu seja o que deveria ser
Sinto me um fraco, um mero esboço
Comparado a tudo que eu me vejo ter

Um desperdício ambulante, capaz de muito mais
Me limitando a tudo o que gosto de fazer
De certo modo, ignorando o que eu sou capaz
Me escondendo da vida, pelo meu mero prazer

As vezes vejo que penso que nada é por acaso
E que eu fujo de um monstro que eu não quero ser
Embora seja por um fato, ou que seja por descaso
Um demônio que eu mentindo, digo não ter

Uma mentira bem dita, logo vira verdade
Embora muita gente não saiba o que dizer
Não me sinto real nesta realidade
Não me sinto a vontade, por deus, o que poderia eu fazer?